Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutro, minha prática exige de mim uma distinção. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim uma escolah entre isto ou aquilo.
Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem e da Humanidade, frase de uma vaguidade deamsiado constratante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a silenciosidade, da democracia contra a ditadura da direita ou da esquerda.
Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser testemunho que deve ser do lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste." PAULO FREIRE
sábado, 22 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.
Paulo FreireGENTILEZA
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